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e se eu for ao teatro todos os dias? mas em nova york? e com $48.16 na conta?

  • Foto do escritor: Malu Patrício
    Malu Patrício
  • 20 de fev.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 8 de mar.

há dois anos cometi um dos meus maiores atos de juventude: gastei o que eu não tinha em outro país (mas pelo menos cria caráter — e algumas dívidas no banco)



fiz um intercâmbio nos parques da disney de orlando entre os anos de 2022 e 2023. trabalhava numa atração no meu teatro favorito que fica dentro da árvore da vida no animal kingdom, o tree of life repertory theatre que abriga o mais lindo e único espetáculo protagonizado por insetos: ‘it’s tough to be a bug’. ele é inteiro recheado de pôsteres com referências a musicais icônicos em forma de brincadeira; de web side story até beauty and the bees e little shop of hoppers. ah, e dependendo do momento do dia eu também poderia ser encontrada trabalhando em um lugar de fotos com o mickey e a minnie logo na saída do show; quase um stage door na minha cabeça.


o que fazer quando se até escondida de teatro eu me acabo completamente encontrada, né?

aparentemente gastar tudo o que eu tenho e ainda iria ter.


mas o trabalho na árvore definitivamente abriu o caminho inteiro pro que viria a ser o plano da viagem de férias, o que é bem comum de realizar depois do período de parques da disney entre a galera que faz o programa work and travel — jamais podemos esquecer do 'travel' do lado do 'work'; e eu, hedonista, jurei não deixar de lado. pra mim a resposta era simples, reta e central: pra voltar pra casa feliz, só com mais teatro, muita nova york e tantas histórias pra contar.

sim, vivi meu broadway and the city.


ganhava 14 dólares a hora e terminei o programa com algo que nem é tão distante disso porque acabou ficando tudo pela hospedagem e pelas bagagens extra que paguei do mickey até os táxis amarelos. fechamos um hotel com um bom custo benefício, bem localizado, quatro estrelas pelos usuários do google, aparentemente novo e… longe dos nossos amigos que fecharam todos juntos em um mesmo lugar bem diferente do nosso. cancelamos na primeira oportunidade. ninguém nos acha longe de um passeio em bando pra virar bloco. mais caro, longe de tudo, nem três estrelas google, com um quarto velho minúsculo de cama quebrada e dentro da porta da escada de serviço. sim, o outro que fechamos era nosso harry potter nova-iorquino, só que sem feitiços e com muito encanto. quem tem mente vazia, felicidade e um amigo, tem tudo no quarto 309 — e nós colecionamos uma upper west side story só nossa.


dia um, $48.16 na conta, plain-quarteirão-pounder do mc donald’s da times square ao invés de jantar e até então zero ingressos pra musicais. a ideia inicial era fazer o que tinha que ser feito: passar por locações de gossip girl, andar por cornelia street e assistir um episódio de friends até dormir pra resgatar os sonhos em terras nova-iorquinas. tudo que se pode fazer com um baixo orçamento.


dia dois. ainda em grupo, mas não por muito tempo, fomos até um dos lugares que mais respiram: o museu de história natural. só que de dia, quando só quem ganha vida são os visitantes. ainda que sem noite no museu, garanto e não tenho dúvidas que teve magia, sim.


andando por mais de 30 milhões de objetos, 50 ambientes distribuídos em cinco andares e metros quadrados que eu jamais saberia contar divididos em 156 anos de história, vi duas pessoas que mudaram o rumo de tudo. a primeira foi a p!nk — que me influenciou a ir no meu primeiro rock in rio e que é uma ótima celebridade pra se falar que esbarrou entre ossos de dinossauros em nova york. a segunda, e completamente crucial pros meus gastos futuros, foi a cibele, minha amiga do intercâmbio que despertou o que viria ser a trilha sonora da viagem. porque entre o complexo de 26 edifícios que formam o museu de história natural, eu tive o alinhamento de enxergar justamente o único rosto conhecido que queria o mesmo que eu: um aaron tveit e uma companhia na plateia. roteiro melhor que esse? não existe.

então, pensei:

e se as narrativas que vou viver já estiverem escritas em cima de palcos que nunca conheci?


aladdin, a doll's house, moulin rouge, wicked e hamilton foram só o prólogo do que viria a se tornar o mais bonito dos cruzamentos: a conexão de histórias que só se encontram entre fileiras desconhecidas (e tudo que se reconhece depois disso). a resposta era simples. quando se tem um palco por perto, se existe um final com os mais bonitos aplausos — e não existe saldo mais positivo que esse. te conto mais dessa viagem na próxima conversa, pode ser?


minhas redes sociais tão sempre abertas pra gente trocar ideia sobre isso :)

me chama lá ✸ @malupatricio

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oi, meu nome é

malu patrício

e eu gosto de ir em shows, musicais e ao cinema. sou jornalista paraense morando em são paulo e ​já fiz parte da equipe da cnn brasil, trabalhei pro mickey e assisti mais de 200 eventos de entretenimento ao vivo nos últimos anos.

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meu próximo evento

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a gente se vê na plateia mais próxima!

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