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broadway com desconto? só com aladdin em nova york

  • Foto do escritor: Malu Patrício
    Malu Patrício
  • 8 de mar.
  • 3 min de leitura

esse é o segundo texto da minha série por nova york. há dois anos cometi um dos meus maiores atos de juventude: gastei o que eu não tinha em outro país (mas pelo menos cria caráter — e algumas dívidas no banco)



atenção pro primeiro sinal — se não leste o texto anterior, tá aqui!

tem certeza que quer seguir sem ler? segundo sinal… clica aqui!

esse é terceiro pra realizar o desejo de entender o texto… vem aqui!


— vamo seguir pro meu próximo episódio!


14h15, ainda no museu de história natural de nova york. é engraçado que as minhas grandes histórias parecem surgir de um caminho inteiro de destinos já desenhados — e aqui a gente segue na mesma análise e com o mesmo valor de mickeys na conta gringa: $48.16.


aladdin é uma das minhas animações favoritas. só perde pra a bela adormecida. mas o live action é indiscutível o meu favorito. é das grandes histórias que se entrelaçam com a minha. e isso é sempre mágico, mas aqui tinha dose extra de magia. o caio, meu amigo da disney que trabalhou no mesmo teatro que eu, ia assistir o musical sozinho numa terça-feira de carnaval. até aí tudo bem, as pessoas assistem coisas sozinhas — eu, inclusive, amo —, mas ele tava desesperado. além de só ter água fria no quarto em pleno inverno, ele fechou o hotel por um dia a menos, iria ser mandado pra rua e só viajava no dia seguinte. já teve um amigo assim?


no nosso quarto 309 de dentro da escada, a casa era de mãe, ainda que nem perto de um lar. a cama não era de viúvo e provavelmente deveria ter menos amores que uma de solteirão, mas ainda caberia quem precisasse viver um dia a mais de sonhos pelas noites árabes de nova york. caio sonhou dormindo no chão — mas pelo menos tínhamos água quente em dias de chuva de granizo.


o plano dele era aladdin. pagou $114.50, orchestra seats (lá embaixo, na plateia) com oferta promocional pra funcionários da disney. é aí que começa a loucura depois de despertar dos sonhos mágicos de orlando: não só nos parques, a nossa identidade azul que nos dava descontos também funcionava nas produções da broadway. é quase desejo de gênio. caio tinha cupom, planejamento e carteirada. ele pagou quase o mesmo que eu, que comprei em cima tanto da hora, como do lugar. mas fui! com um cupom! e com minha própria cor em roxo: a fatura parcelada do nubank!


o box office virou meu próprio p. sherman, 42 wallaby way, sydney e eu, que praticamente vivo num fuso próprio do tempo de me atrasar com calma, firmei uma nova tradição nova-iorquina: chegar cedo pra imprimir o registro do dia além da história. não era a urgência do tempo, mas a necessidade de guardar memórias felizes num lugar próximo aos meus próprios sonhos. um pedaço pequeno de lembranças do 214 west 42nd entre a sétima e a oitava vive do lado da minha cama, das minhas velas e dos meus maiores desejos.


se for pra extrapolar no epílogo,

então que seja em nova york


depois de dois anos desse carnaval inteiro, enquanto escrevia, percebi que meu primeiro musical por lá foi uma história disney, o que faz sentido dentro da minha própria narrativa. existe um laço estreito dentro do trabalho pelos parques que me questiona o quão sortudos somos por termos algo que deixe aquele ‘see ya real soon’, o ‘até breve’ depois de um sonho mágico, tão difícil. na verdade, pra mim é bem simples: nós não sabemos o que pedir depois de finalmente termos o desejo que buscamos por tanto tempo.


o nosso mundo ideal é quando somos atravessados por milhas de fantasias que nos fazem flutuar sem tapete, sem lâmpadas, sem gênios. é quando encontramos conforto pela confiança, de olhos abertos, sem prender a respiração e numa busca incansável por novos horizontes: aqui, na densidade da imensidão de um deserto, mas com uma luz que te reacende.


no balcony b32 do new amsterdam theatre por $92, aproximadamente 2h30 com 15 minutos de intervalo, cinco aladdin dollars pra gastar em merchandise dentro do teatro e mais um próximo desejo: resgatar a liberdade da ambição dentro da nossa própria fantasia. a resposta também vem pela luz de uma história que é às vezes antiga, mas atravessada por uma perspectiva de luz completamente nova.


existe um jeito de encontrar poderes cósmicos fenomenais que vão além de uma lâmpadazinha.

te conto mais dessa viagem na próxima conversa, pode ser?


minhas redes sociais tão sempre abertas pra gente trocar ideia sobre isso :)

me chama lá ✸ @malupatricio

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oi, meu nome é

malu patrício

e eu gosto de ir em shows, musicais e ao cinema. sou jornalista paraense morando em são paulo e ​já fiz parte da equipe da cnn brasil, trabalhei pro mickey e assisti mais de 200 eventos de entretenimento ao vivo nos últimos anos.

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meu próximo evento

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a gente se vê na plateia mais próxima!

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